Estas
mãos que um dia vão envelhecer
Estas
mãos que um dia vão enrrugar
Nesse
dia muitas histórias terão para contar
E
muitos sentimentos irão transparecer
Sei
que um dia, certamente, isso irá acontecer
Passarei
as mãos em meus quem sabe cabelos brancos
Terei
lembranças do mais lindo anoitecer
E
admirarei o calor do sol brando
Ao
envelhecer não quero ser peso para ninguém
Serei
uma velha talvez ranzinza
E
falarei sempre mal de alguém
Não
aches tu que tenho medo do tempo
O
tempo é como a suave brisa que passou
Não
vejo, apenas sinto
Não
verei, ou melhor, não quero ver o tempo passar
Apenas
o sentirei em minhas mãos
Um comentário:
Quando será que nos damos conta de que estamos velhos? Ou as transformações lentas tornam o processo imperceptível? Ou é como se olhar no espelho para se maquiar e ainda sentir os pés doendo do pega-pega no pátio da creche?
Engraçado esse negócio de tempo ser vento que passa como tufão.
Graci.
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