terça-feira, 16 de outubro de 2012

Mãos


Estas mãos que um dia vão envelhecer
Estas mãos que um dia vão enrrugar
Nesse dia muitas histórias terão para contar
E muitos sentimentos irão transparecer

Sei que um dia, certamente, isso irá acontecer
Passarei as mãos em meus quem sabe cabelos brancos
Terei lembranças do mais lindo anoitecer
E admirarei o calor do sol brando

Ao envelhecer não quero ser peso para ninguém
Serei uma velha talvez ranzinza
E falarei sempre mal de alguém

Não aches tu que tenho medo do tempo
O tempo é como a suave brisa que passou
Não vejo, apenas sinto

Não verei, ou melhor, não quero ver o tempo passar
Apenas o sentirei em minhas mãos 

Um comentário:

Anônimo disse...

Quando será que nos damos conta de que estamos velhos? Ou as transformações lentas tornam o processo imperceptível? Ou é como se olhar no espelho para se maquiar e ainda sentir os pés doendo do pega-pega no pátio da creche?
Engraçado esse negócio de tempo ser vento que passa como tufão.

Graci.